segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

My Word Problem

Três meses desde a última vez em que passei por aqui para escrever sobre qualquer coisa que o seja...  Acho que ao longo, não só dos últimos dos três meses, mas dos últimos anos esse meu problema com a palavra aumentou cada vez mais. Antes escrever era uma coisa libertadora, não mais. Por um tempo foi uma obrigação... Hoje em dia não sei mais dizer o que é. Às vezes sinto vontade de escrever, mas não sei mais como fazê-lo e além disso também não me sinto mais segura com as palavras, elas em muito me angustiam.

Busquei a etimologia da palavra 'palavra' e não a encontrei tão facilmente quanto qualquer outra que procurei. Existe uma citação pela qual sou apaixonada desde que a vi...

"Palavras são, na minha não tão humilde opinião, nossa maior fonte de magia. Capaz de tanto machucar quanto curar" Alvo Dumbledore
Acho que esse tem sido o grande problema. A capacidade de machucar tem sido muito maior do que a de curar, não só no caso das palavras faladas, mas também no caso das pensadas. Existem pensamentos que mesmo não sendo externalizados machucam mais do que a mais dura crítica... E como não são externalizados e a ferida é interna ninguém tem noção da real dimensão e não cicatrização dela e a cura nunca acontece, nem por palavras próprias nem por palavras de outros.

Queria voltar a não ter problemas com a palavra e a usá-las como remédios para as feridas que um dia já foram externas.

sábado, 22 de setembro de 2012

Sobre o meu último amor

Se me perguntarem o que é o amor direi que é uma faca de dois gumes. Que ao mesmo tempo em que o alimente e nutre, ele o consome. É vital e mortal.

Não sei dizer se te conhecer foi algo bom ou ruim, o quanto você me fez bem está guardado dentro de mim, mas no momento a dor é maior e ela é de inteira culpa minha. Eu fui a idiota a me apaixonar por alguém que nunca quis estar ao meu lado, eu fui a idiota a engolir meu orgulho e continuar gostando de você, mesmo depois das mancadas, mesmo depois de me machucar, mas isso só aconteceu porque eu te amava e eu só estou como estou porque pelo visto ainda te amo. E acredite, a palavra amor está reservada a poucas pessoas especiais na minha vida, talvez essa seja sua única culpa... ser uma pessoa tão especial.

Eu adoraria continuar sua amiga, mas eu não sei se agora estou pronta para isso, esse foi o motivo pelo qual me afastei e talvez esse seja o motivo pelo qual me afaste. Não é que eu estou infeliz por você ter encontrado alguém, mas eu estou triste porque é ela e não eu, por ela ter conseguido o que eu nunca consegui: chamar sua atenção.

Não posso pedir desculpas por te amar, pois não tenho controle sobre meus sentimentos, mas posso pedir desculpas por não ter conseguido e por ainda não conseguir separar as coisas... E posso pedir desculpas também pelas mal escritas palavras, mas esse é o jeito que qual sei, ou ao menos tento, me expressar.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sirius B.



Dia 03 de março de 2011 em algum lugar no interior de São Paulo nasceu um filhote de schnauzer preto que veio a receber o nome de Sirius Black no dia 07 de maio. Eu o conheci no estacionamento do Pão de Açucar da praça panamericana. Eu sabia que ia amá-lo no minuto em que o segurei no colo.

Ele foi meu presente de aniversário; meu presente de dia das mães; foi como um filho para mim. Claro que fiquei brava com ele, que lhe dei broncas, mas o amei tal qual uma mãe ama um filho. Eu cuidava dele para o manter vivo e ele fazia o mesmo por mim mesmo sem ter consciência disso. Ele me fez querer voltar a viver e me fez voltar a viver.

Eu consigo lembrar do primeiro banho que dei nele, do primeiro brinquedo, do dia que ele aprendeu a levantar a perninha para fazer xixi e do orgulho que eu senti com isso. Eu ainda tenho todas essas memórias muito bem guardadas e pretendo continuar a tê-las por um bom tempo ainda.

Desde pequeno ele sempre foi muito curioso, muito impulsivo, desobediente e especialmente muito apaixonado pela vida! O problema é que toda essa impulsividade e falta de obediência levaram a sua morte.  Ele morreu sábado, dia 31 de março, com um ano de idade recém completos. Eu juro que tentei salvá-lo, a vida dele foi com certeza a coisa que eu mais quis nos últimos tempos, eu não estava pronta para a morte dele, tal qual ainda não estou recuperada da mesma. 

Eu corri, corri demais e não adiantou nada. Eu sei que ele lutou, eu vi ele lutando e se eu pudesse eu teria lutado por ele, mas isso não foi possível. Ele morreu do meu lado, morreu lutando pela vida. Mas o que eu mais espero é que ele saiba o quanto ele foi amado durante o seu único ano de vida, o quanto ele me fez bem, o quanto ele me fez feliz!